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Tartaruga de Couro de Rio da América Central A Tartaruga de Couro de Rio da América Central é uma enorme espécie de
tartaruga de água doce rara cujo nome é devido a uma fina camada de couro delicado (pele rígida) que
recobre todo o casco (conjunto carapaça e plastrão). Habitam os grandes rios e lagos de água limpa e bem oxigenada da América Central, indo desde o sul do México, Belize, Guatemala, até o norte de Honduras. São enormes tartarugas de água doce crespuculares ou noturnas, que podem passar o dia todo submersas no fundo de rios e lagos graças a adaptações especiais no tecido vascular presente em sua boca que lhes permitem extrair oxigênio diretamente da água. Sua carapaça possuí formato achatado e coloração bem escura, variando do cinza ao preto e o plastrão possuí cor de creme. Os animais jovens possuem uma espécie de quilha no meio da carapaça acompanhando a coluna vertebral e as bordas da carapaça são serrilhadas, ambos desaparecem conforme vão crescendo. Podem pesar mais de 22 kilogramas e medir quase 65 centímetros de comprimento curvilíneo de carapaça. O couro que recobre o casco é muito sensível a abrasão, quando em contato direto e constante com rochas ou cimento no mesmo instante é danificado, provocando sangramento no animal e se essse contato for porlongado, o ferimento pode atingir facilmente a camada óssea, exigindo cuidados extremos para serem mantidas em cativeiro. Sua alimentação é composta basicamente de plantas aquáticas, folhas de árvores, frutas e esporadicamente de pequenos invertebrados e peixes, sendo estes últimos mais consumidos por animais jovens. Durante a época das chuvas, as florestas inundadas são seus principais locais de alimentação. Essa espécie se encontra em elevado risco de extinção, devido a caça excessiva para utilização de sua carne e ovos como alimento. Provocando o seu desaparecimento de diversas regiões onde sua ocorrência era comum. Esta espécie está classificada como de elevado risco de extinção pela IUCN, classificado como CITES Appendix II e está entre as 25 espécies mais ameaçadas. Essa espécie é a última representante da família Dermatemydidae, que era muito comum na época dos dinossauros a 65 milhões de anos atrás, no final do período Cretáceo. Esses ancestrais deram origem a família Kinosternidae durante o Oligoceno. Dados do Quelônio: |